quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Semana Nacional dos Museus 2010

No Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), entre os dias 18 e 21, haverá exibição de vídeos e visitação de escolas agendadas. No dia 22 o público será recebido com uma mediação teatralizada, a partir das 15h, e poderá participar de uma oficina de confecção de pipa/papagaio, das 14h30 às 17h, ministrada por Felipe Aretakis. Outras duas oficinas – confecção de Mandala e confecção de Origami – e uma mediação teatralizada, realizadas das 15h às 17h, compõem a programação do dia 23.

leia mais:

http://www.vivapernambuco.com.br/site/index.php/blogs/2-Blog/433-aproveite-a-semana-nacional-dos-museus

OFICINAS E WORKSHOPS MOVIMENTAM SPA DAS ARTES






O Museu de Arte Contemporânea Aloísio Magalhães (Mamam) do Pátio de São Pedro, bairro de São José, foi o ponto convergente de uma oficina e um workshop dentro da programação do primeiro dia do SPA das Artes 2008.


As atividades aconteceram no Mamam do Pátio
José Rafael ensinou a fazer origami


veja mais:
http://www.recife.pe.gov.br/2008/09/08/oficinas_e_workshops_movimentam_spa_das_artes_163793.php

Durante uma semana discutimos o papel da arte e a multiplicidade da arte contemporanea atraves da realização de intervenções urbanas no Patio de Sao Pedro (Bairro de São José), e Praça da Independência, tambem conhecida como pracinha do Diário de Pernambuco (bairro de Santo Antônio)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Recife é Brega, sim!

Duas gerações do brega, Reginal Rossi e Banda Calypso. 

Ele já há bastante tempo na música, um artista consagrado no meio musical, iniciou sua carreira quando a nomenclatura brega ainda nem existia. Reginaldo Rossi era um cantor de música cafona, na mesma linha artística de Waldick Soriano e Odair José. Ela, a Banda Calypso, se descobriu brega aqui, nos shows que realizava no Olinda Praia Show. Sua musicalidade veio se abrir para o Brasil a partir de solo pernambucano, e influenciou a musica que foi feita nas periferias da região metropolitana do recife.


Não Posso Negar Que Te Amo (part. Reginaldo Rossi)

Banda Calypso

(Reginaldo Rossi):
Cantar com a Banda Calypso em uma honra pra mim e pra qualquer cantor do mundo.

(Reginaldo):
Não, Eu Não Posso Negar Que Te Amo Demais,
Só Deus Sabe a Falta Que Você me faz,
Volta Pra Mim Meu Amor,
A Minha Vida Mudou,
Sem Você do Meu Lado,
Sei, Que o Erro Foi Meu Não Precisa Dizer,
Eu Fiz Tudo Errado Eu Falhei Com Você,
Mas Eu Não Sabia o Tesouro Que Eu Tinha,
Em Minha Mão.

(Refrão)
Quando a Gente Tem Um Grande Amor,
E Não Sabe Dar Valor,
Depois Que Perde, Fica Só Lamentando.
Nessa Vida Todo Mundo Chora,
Quando Alguém Que a Gente Ama Bate a Porta, Vai Embora
E Deixa Quem Fica Chorando.

Agora a Rainha vai cantar, canta Joelma, canta.
(Joelma):
Não, Eu Não Posso Negar Que Também Te Amei,
Dos Meus Sonhos De Amor Você Foi o Meu Rei,
(Reginaldo: I am the king),
Acreditava em Cada Palavra Que Você Dizia,
(Reginaldo: Nunca menti pra você),
Mas, Se Você Me Jurar Que Tudo Vai Mudar
(Reginaldo: Eu juro, eu juro),
E Não Há Mais Ninguém Querendo o Meu Lugar,
Posso Até Perdoar, Eu Posso Até Voltar
E Quem Sabe Esquecer.

(Joelma e Reginaldo)
(Refrão)
Quando a Gente Tem Um Grande Amor,
E Não Sabe Dar Valor,
Depois Que Perde, Fica Só Lamentando.
Nessa Vida Todo Mundo Chora,
Quando Alguém Que a Gente Ama Bate a Porta, Vai Embora
E Deixa Quem Fica Chorando.(2x)

(Reginaldo): Não vá pelo amor de Deus eu te amo
(Joelma:) E Deixa Quem Fica Chorando
(Reginaldo): I love you, genodoor
(Joelma): E Deixa Quem Fica Chorando
(Reginaldo): Minha Rainha.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Av. Norte - Casa Amarela


E eis que no caminho para o trabalho existia uma casa!

Ha tempos que quria postá-la aqui no blog. Nao parece que ela saiu de um livro de histórias infantis diretamente pra cá. E as intervenções de grafite e pichação. 

Tudo isso no tradicional bairro de Casa Amarela.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Via de mão dupla! Outra análise do brega.

texto extraido do seguinte endereço:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=379JDB005


CULTURA BRASILEIRA

Mídia glamuriza a cafonice
Por Alexandre Figueiredo em 2/5/2006

O que o filme Dois filhos de Francisco, de Breno Silveira, o livro Eu não sou cachorro não, de Paulo César Araújo, a funkeira Raíssa da novela América e o programa Central da Periferia têm em comum? É a tendência do momento na grande mídia brasileira. Dar legitimidade e um certo glamour a um tipo de "cultura" que surgiu no tempo do governo Jânio Quadros, e que hoje atinge seu auge, ameaçando ofuscar o que conhecíamos como Música Popular Brasileira.

Essa "cultura" é conhecida como música brega e, constituída de vários estilos que estabelecem simulacros de cultura popular, é definida como música comercial, executada por cantores ou grupos cujo visual geralmente apela para o ridículo e cuja postura varia entre a extrema pieguice, algum apelo pornográfico e uma certa postura imbecil travestida de "felicidade extrema". Em todos os casos, observa-se algum atraso cultural e o conteúdo musicalmente medíocre em escala industrial, que põe dúvidas quanto à consideração, tão em moda atualmente, de classificar essa música brega e popularesca como "a verdadeira música popular brasileira".

As evocações à periferia e à "cultura dos pobres" é imensa. Constantemente se fala em "ruptura de preconceitos", "inclusão social", "revisão de conceitos" e outras expressões que tocam nos instintos emocionais de parte da classe média. Mas não é preciso perceber as contradições que essa "música popular" que toca há muito tempo nas rádios e que se consagrou no período da ditadura, apresenta, mesmo no discurso de seus maiores defensores.

Cabe mencionar o caso de Paulo César Araújo. Ele tem o mérito de criar um livro sobre a história dos primórdios da música brega, tendência que nunca teve uma publicação exclusiva. Mas peca por realizar uma abordagem unilateral, o que reforça a postura de "vítima" que ele desenvolveu na música brega, querendo, inclusive, inverter as evidências sobre a presença da música brega durante a ditadura militar.

O autor, no livro, tenta converter Waldick Soriano em cantor de protesto nos mesmos moldes de Geraldo Vandré. Exagera ao classificar o cantor Odair José como "o terror dos militares", quando o ídolo, na verdade, não fazia um som diferente do que Roberto Carlos na Jovem Guarda – Odair, aliás, começou a aparecer num dos volumes da coletânea "As 14 mais", lançada pela mesma CBS (atual Sony BMG) de Roberto – e que, como o cantor capixaba, escreveu letras relativamente críticas sem recorrer ao tom "subversivo" que Araújo lhe atribui.
Ditadura e controle

Araújo certamente não recorreu às pesquisas que Beatriz Kushnir realizou no seu livro Cães de guarda, publicado três anos após Eu não sou cachorro não (2001). A autora revela que durante a ditadura existiam vários tipos de censores, alguns envolvidos em atividades de imprensa (os jornais reivindicavam ter censores oriundos da própria redação), e se censurava muitas coisas banais, por puro preconceito moral. Odair falava de amor e assuntos do cotidiano, sem o tom contundente de Chico Buarque, mas hoje ganha fama de "subversivo", "maldito" ou "injustiçado" por causa da interpretação exagerada de Araújo, cujo exagero é admitido pelo próprio Odair.

Lendo o trabalho de Araújo, a impressão que se dá é que a música brega surgiu automaticamente assim que o AI-5 foi decretado. Invertendo as posições, Araújo quis transformar a música brega numa espécie de trincheira contra a ditadura, como uma espécie de "saída de emergência" acionada no 13 de dezembro de 1968 pelas classes pobres. A MPB dos festivais da canção, por outro lado, é vista como uma música "situacionista", que sustentava a ditadura, e Chico Buarque é tratado como se fosse uma espécie de "príncipe" do `milagre brasileiro´, só porque a filha de um general era fã do cantor de "A Banda".

Paulo César Araújo desconhece que, se a música brega fez muito sucesso no Brasil da ditadura, não foi por uma reação de "emergência" das populações revoltadas, e sim pelo fato de que a maioria das rádios do interior do país, controladas por fazendeiros ou políticos que apoiavam a ditadura militar, foram as que mais divulgaram essas músicas, vetando, seja por razão da censura federal, seja para controlar o povo, uma vez que a música brega era considerada inofensiva ao regime.



Movimento de exportação

O nome brega veio dos anos 70, a partir da lenda de que o nome correspondia às cinco últimas letras da palavra Nóbrega que restaram da placa rachada da R. Padre Manuel da Nóbrega, em Salvador. O nome "brega" teria se relacionado a um prostíbulo localizado na rua, e a música brega teria sido a música tocada nesse local.

A música brega se propagou primeiro das emissoras AM para a televisão. Animadores como Raul Gil, Edson Curi (Bolinha) e Silvio Santos deram maior cartaz a esses ídolos, que não raro se assemelhavam aos calouros que, reprovados, recebiam um abacaxi como prêmio nos programas de Abelardo Barbosa, o Chacrinha. Geralmente esteticamente grotescos, seja na aparência física ou no vestuário, se destacavam geralmente por uma música tosca que se tornou de fácil consumo pelas classes populares.

Seu elenco de ídolos incluía desde retardatários da música de seresta, como Waldick Soriano e Agnaldo Timóteo, até armações criadas por disc-jockeys como Gretchen e Genghis Khan. Incluiu, também, nomes egressos da Jovem Guarda, como Fevers e Paulo Sérgio. Houve até um "movimento" de exportação, com cantores e grupos influenciados pelos Bee Gees (grupo que, gravando músicas românticas, representou uma reação da indústria à contracultura), cujo maior sucesso foi o cantor Morris Albert, com Feelings, seguido de Terry Winter (Summer Holiday, cujos arranjos remetiam a outro ícone conservador, Ray Conniff, mas em ritmo acelerado) e outros cantores e grupos, como Mark Davis (pseudônimo de Flávio Galvão, que se tornou famoso como Fábio Jr.), Christian (depois da dupla Christian & Ralf) e os grupos Pholhas e Light Reflections.



Pobreza autoral

Nos anos 80, a música brega iniciou seu primeiro processo de expansão. A indústria de sucessos de Michael Sullivan & Paulo Massadas (o primeiro, ex-Fevers e ex-cantor do brega-exportação, e o segundo, ex-Lafaiette & Seu Conjunto) buscou lapidar o formato brega para além do circuito Silvio Santos e similares, através de intérpretes como Xuxa, Trem da Alegria, José Augusto e com a adesão (malvista pelos fãs de MPB) de cantores como Alcione, Joanna e Fagner, ou mesmo Gal Costa e Tim Maia, que gravaram em dueto uma música da dupla, Um dia de domingo.

Ao lado deles, veio também a axé-music, cenário de carnaval baiano marcado por uma música comercial, feita sem compromissos artísticos, correspondendo à Bahia assim como a ítalo-house em países europeus como Itália e Bélgica. A axé-music, normalmente, é uma imitação sem criatividade de ritmos que variam do frevo ao reggae.

Outros ídolos, então, vieram, como Wando – que nos anos 70 imitava, num contexto mais brega, o som de Jorge Ben (hoje Benjor) – e Chitãozinho & Xororó, nomes que diluíram a canção sertaneja, adicionando ao som elementos da música dos Bee Gees (que fariam um dueto com a dupla no auge desta). A dupla, banalizando a canção No rancho fundo, fez muita gente se esquecer ou simplesmente desconhecer que se trata de uma canção de Ary Barroso e Lamartine Babo. Gravar covers de música brasileira se tornou uma forma oportunista de ídolos bregas disfarçarem a pobreza autoral para, aos olhos do grande público, se passarem por "alunos aplicados" do cancioneiro brasileiro.

Educação em crise

É justamente a dupla Chitãozinho & Xororó que, ao lado de Leandro & Leonardo e Zezé Di Camargo & Luciano, inauguram a nova fase do brega, animando as comemorações pela vitória eleitoral de Fernando Collor na Presidência da República. Durante o governo Collor, a música sertaneja, corrompida pelo pop americano mais conservador, propagou-se a ponto de ofuscar a verdadeira música caipira brasileira, cujo único espaço na mídia é o programa Viola, minha viola, apresentado por Inezita Barroso, cantora e atriz.

Com o sucesso dessa "música sertaneja", veio a lambada (que diluiu ritmos caribenhos), depois as diluições do samba, primeiro pela via piegas do "pagode paulista" de grupos como Raça Negra, Só Pra Contrariar, Negritude Júnior, Exaltasamba e Art Popular, depois pela via erótica de grupos como É O Tchan, Companhia do Pagode, Terrasamba, Gang do Samba, e, num contexto puramente masculino, grupos baianos como Harmonia do Samba, Psirico, Guig Guetto, Saiddy Bamba e muitos outros. Vieram depois várias outras tendências, como o forró-brega, o brega-pop, o arrocha e o "funk carioca" pós-1990, quando o estilo se transformou numa indústria.

A música brega/popularesca encontrou seu terreno fértil num país onde a educação está em crise. O Brasil ainda tem índice altíssimo de analfabetismo, além da desinformação das pessoas ter se propagado com o declínio de referências e valores que eram sólidos poucos anos antes do golpe de 1964. Mesmo a classe média foi surpreendida por desinformação e ignorância, com jovens que em vez da atenção dos pais foram tutelados por babás e domésticas que levam a música brega aos condomínios. À ignorância das domésticas se seguiu a ignorância dos jovens abastados. Estes encontravam ainda escolas problemáticas, com professores sem condições de ensino consistente.

Brasil do mensalão
Com isso, o Brasil acaba sucumbindo ao vício da hegemonia popularesca, a ponto de condenar a autêntica MPB ao elitismo e a autêntica cultura popular ao saudosismo histórico. Para piorar, aparecem defensores do brega/popularesco que, com um discurso bem construído e agressivo (quase sempre atacam quem não gosta do brega/popularesco), tratam essa categoria musical como se fosse a "verdadeira cultura popular", desconhecendo que essa música é artificial, não raro intermediada por empresários, fazendeiros e políticos, e que sua qualidade artística é ínfima.

E assim surgem defensores como Paulo César Araújo, o sociólogo baiano Milton Moura e o antropólogo Hermano Vianna (produtor/mentor da Central da Periferia da Rede Globo), entre outros, na tentativa de associar a cultura popular à cafonice, o que é uma injustiça histórica. A verdadeira cultura popular nunca se pautou pela cafonice, e o samba de roda baiano, por exemplo, nunca investiu na cafajestice pós-Tchan de grupos como Gang do Samba e Psirico. A música popular brasileira, a autêntica, era inteligente, tinha grande auto-estima e sabia fazer boas melodias mesmo na sua simplicidade artística e suas letras, mesmo evocando alguma malícia, não chegavam ao ponto da baixaria nem da ironia gratuita das mensagens de "duplo sentido".

A verdadeira cultura popular ainda é desconhecida do grande público. Também não serão os covers de Chitãozinho & Xororó, Harmonia do Samba, Leonardo, Daniel e Alexandre Pires que salvarão o patrimônio musical brasileiro. Eles apenas usam o cancioneiro alheio em causa própria, a ponto de poucos terem se lembrado da verdadeira autoria de No rancho fundo. A única qualidade dessa música popularesca que toma as rádios, certamente, é servir de trilha sonora para o Brasil do "mensalão".

15 ANOS DE BREGA!

Queridos leitores,
o melhor do brega é que nele nao existem preconceitos. Todas as influências são bem recebidas, e reelaboradas, dando origem a novos produtos culturais. Que me lembre, nunca fui a um show de brega, depois o respeitei, e passei a gostar da multiculturalidade presente nele. O brega foi parido em Recife, e não foi por acaso. Agora ele faz parte da nossa cultura, como todos os outros ritmos.

RITMO QUENTE MISTURA DO CALYPSO SWING DO AMOR SWING DO PARÁ CALYPSO VICIO LOUCO BANDA LUMINAR REMELEXO DO PARÁ DJ GATO DJ TOPÓ TAYRONE CIGANO KELVIS DURAN BANDA DA LOIRINHA BANDA KITARA MC LEOZINHO DO RECIFE SÓ BREGA CONDE DO BREGA BANDA METADE MICHELE MELLO BANDA CARÍCIAS BREGA.COM NEGA DO BABADO OVELHA NEGRA FRUTOS DO AMOR MELÔ DO ABACAXI SEGMENTOS DA PAIXÃO COMPANHIA DO CALYPSO DJ REMIX SOM

Dez anos de brega no Recife!
Essa foi importante. Descobrimos o dia do primeiro show de brega no Recife!

Quem ligar a TV ao meio-dia, horário da programação local do Recife, não vai ter dúvidas. O brega está em todo o lugar. Os mais puristas podem até não aceitar, mas o ritmo já é a marca da música popular da cidade. Uma cultura que se espalhou com tanta rapidez que pouca gente consegue traçar quando foi que tudo começou. A reportagem da Folha de Pernambuco descobriu. No dia 11 de março, o brega completou dez anos de vida.

Foi no bar Fina Flor de Peixinhos, com data estratégica para atrair quem tinha acabado de receber o salário. No palco, a primeira festa “Noite do Brega” abria com um DJ que tocava sucessos da época, preparando para a principal atração da noite, a banda Labaredas. No público, o sucesso já anunciado, quatro mil pagantes, fora convidados. “Na época, não tinha nenhuma banda por aqui que fizesse o que fazíamos. Ninguém queria assumir o rótulo de brega. Por isso tocamos sozinhos até às 5h da manhã”, lembra Mitó, vocalista do grupo.

Esses dois elementos principais já tinham seu espaço certo na cidade. O Fina Flor organizava a festa “show em dose dupla”, com duas bandas por noite. O Labaredas estava na estrada desde 83, tocando em cabarés e bares da cidade. “No ano seguinte, fizemos uma festa para gravar o primeiro disco do Labaredas no clube Bela Vista e às 18h tivemos que fechar as portas, porque não cabia mais gente no lugar”, comenta Eurico, que ajuda na produção até hoje.

E o público não parou de crescer. Os festivais de brega chegaram a reunir 70 mil pessoas, com shows de Reginaldo Rossi e convidados. Nesse mesmo dia, representantes da Sony levaram os artistas locais, incluindo o Labaredas, para o patamar das grandes gravadoras.

VINCULADA – O Swing que veio do Pará

Não muito longe do Recife, em Belém do Pará, o brega já tinha uma história antiga e bem mais controversa. “Os bregas eram os nomes que davam aos cabarés de mais baixo nível por lá”, explica Joelma, vocalista da banda Calypso, que reforça ainda que “por isso, ninguém que fazia música jamais quis alguma associação com esse nome”. Na cidade, um outro ritmo tão romântico quanto o do Labaredas, porém mais dançante, ganhava o gosto do público nas casas de show.

Em 2000, a banda Calypso trazia para o Recife esse ritmo estampado no nome do grupo. “Nossa inspiração maior era a música do sul do Caribe, que ficou popular na voz do cantor americano Roy Orbison”, comenta Joelma. Se a associação com o brega fechava portas no Pará, por aqui fez com que a banda tivesse público certo e casa lotada já no primeiro show.

O diferencial do Calypso foi a força que a banda teve em romper barreiras sociais no Recife. Eles repetiram o sucesso de público que tinham na Exposição de Animais quando tocaram para uma platéia de classe média alta no Classic Hall.A banda abriu espaço para toda a cena de Belém do Pará embarcar no Recife, fazendo uma mistura de ritmos que deu origem a atual cena.

VINCULADA - Controvérsias do novo brega do Recife

Curiosamente, as bandas que começaram o Brega no Recife não querem mais ser associadas ao ritmo. Os motivos variam tanto, que fica difícil identificar porque existe toda essa controvérsia. Em geral, o discurso é divido em duas vertentes. Uma, das bandas do Pará, que preferem dizer que tocam uma evolução do Calypso, com novas influências de outro ritmo caribenho, o Zouk. O segundo, defende uma visão mais radical, que até se admite brega, desde que as novas bandas sejam classificadas em outro ritmo.

Uma das bandas que mais atrai público hoje na cidade, o Swing do Pará, prefere deixar a polêmica de lado. “Não nos preocupamos em sermos chamados de brega”, comenta a vocalista Scheila, que reuniu um público de 10 mil pessoas no show de aniversário, banda pode ser considerada hoje o carro chefe da nova cena brega no Recife, que está sendo chamada de tecno brega. Mesmo assim, Scheila explica que o que é tocado aqui ainda está longe do tecno brega do Pará, “o ritmo é muito mais rápido, as danças já estão bem diferentes. Mesmo assim, Recife já é a segunda capital do Brega no país”.

O brega nasceu e sobrevive dessa constante mistura de ritmos, sempre se reinventando e enfrentando a polêmica de ser aceito. A postura que o Swing do Pará adota hoje foi a mesma que o Labaredas fez quando ninguém na cidade queria assumir o novo ritmo. Com isso, o brega completa 10 anos de idade ainda com cara de novidade, com força para render muitas outras dezenas de anos.

Publicadas originalmente no dia 23 de março de 2005
texto extraido do seguinte endereço eletrônico:
http://www.popup.mus.br/2006/02/04/dez-anos-de-brega-no-recife/comment-page-1/#comment-89056

terça-feira, 25 de maio de 2010

Semana Nacional de Museus.



Origami e interveção urbana - MEPE, 23 de maio de 2010.

MENSAGEIROS DA HARMONIA
O tema Museus para a harmonia social foi muito sugestivo, e reforçou o propósito de estarmos juntos no Museu do Estado de Pernambuco confeccionando dobraduras em papel e conversando questoes de arte relacionadas ao nosso cotidano - esse tema tambem está escrito nas mensagens que os tsurus carregam. Organizei o tempo da oficina em tres momentos: Iniciamos dialogando sobre o tema da semana dos museus, enquanto caminhavamos pelo jardim do museu ate a árvore escolhida. Em seguida retornamos para o auditorio, onde confeccionamos as peças e conversamos sobre a origem do origami, e demais assuntos pertinentes ao campo das artes visuais. E por ultimo, retornamos a árvore para pendurar nela nosso "tsurus-correios", já que cada um deles carrega uma mensagem.A ideia de realizar uma intervenção no jardim do  foi muito boa para que pudessemos discutir sobre: a efemeridade na arte, o desapego do artista para com o objeto artistico que ele produz, a prática e a origem do origami, e as relaçoes de trabalho e esforço fisico em artes visuais.Claro que a parte mais dificil é quando eles tem que de fato se desfazer dos tsurus e colocá-los na arvore, mesmo tendo sido previamente avisados portanto, fiz um trato para que eles levassem um e pendurasse outro na arvore.

Foi muito gratificante o trabalho desenvolvido. Agradeço a Cynthia e Ilka, pelo apoio, e a toda equipe do MEPE pela iniciativa.